Foram quatro meses de restriçÔes de direitos fundamentais impostos como estratégia para conter a propagação do COVID-19.
Na Ășltima comunicação Ă Nação, emitida a partir da cidade de Tete, alusiva ao fim da Ășltima etapa do estado de excepção, o Presidente da RepĂșblica nĂŁo avançou os passos seguintes, deixando promessa de que serĂŁo conhecidos nas prĂłximas horas.
“Dando cumprimento ao estipulado pela Constituição da RepĂșblica, enviarem amanhĂŁ o relatĂłrio, a Assembleia da RepĂșblica e logo a seguir tomaremos decisĂ”es sobre as estratĂ©gias e as medidas que que iremos adoptar para o nosso futuro imediato”, disse Filipe Nyusi na sua comunicação.
De acordo com o Chefe de Estado, o próximo passo serå, também, divulgado por via de uma comunicação à Nação que, no entanto, ainda não precisou se serå amanhã ou não.
“Tornaremos pĂșblica essas medidas atravĂ©s de uma comunicação Ă Nação, enquanto isso, apelamos a todos, que valorizemos o quanto conquistamos ao longo destes 120 dias” salientou.
Retoma gradual
Mesmo sem avançar com os passos seguintes, que era a principal espectativa da sociedade, Nyusi deixou antever que o prĂłximo passo poderĂĄ compreender relaxamento gradual em alguns sectores, remetendo, contudo, ao nĂvel de abertura, ao comportamento que a epidemia vier a tomar.
“Pretendemos consolidar os passos jĂĄ dados e queremos dar passos seguros para uma maior abertura para a economia e para toda a sociedade mas esses passos precisam de ter um fundamento e de ser continuamente avaliados”.
“O modo e o ritmo como iremos retomar as actividades vĂŁo depender da evolução da epidemia em Moçambique”, disse o Chefe de Estado.
Conquistas
Numa avaliação dos 120 dias de Estado de EmergĂȘncia jĂĄ cumpridos, Filipe Nyusi destacou alguns ganhos que, segundo disse, nĂŁo obstante o registo do aumento da velocidade de propagação, nĂșmero de contaminados, internados e mortes durante a Ășltima etapa, permitiram atrasar a curva da epidemia, e a pressĂŁo sobre o Serviço Nacional de SaĂșde (SNS) e “salvar muitas vidas”.
“Tomamos as medidas que deverĂamos tomar e uma grande maioria cumpriu, avaliou, realçando, tambĂ©m, o facto de nĂŁo terem sido tomadas medidas mais graves, como as do NĂvel 4, o que “minimizou as convulsĂ”es sociais”.
“Podemos ter a certeza que as medidas adoptadas e a colaboração de todos os cidadĂŁos ajudaram a mitigar a velocidade de transmissĂŁo” avaliou, reconhecendo, contudo, que o pico ainda estĂĄ longe de ser atingido.
“Estamos orgulhosos, mas nĂŁo tranquilos porque para vencer uma batalha como esta, nĂŁo basta que exista uma maioria cumpridora, Ă© preciso que todos cumpram. Ă preciso que sejamos todos, soldados desta guerra contra o vĂrus e ainda falta muito trabalho para que esta minoria faça parte deste exĂ©rcito que luta a favor da vida e do futuro” disse Nyusi, reiterando a necessidade da consolidação dos ganhos dos Ășltimos quatro meses.
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